Dark night of the soul
Ando na existência outra
De olhar pela íris alheia
De amar com a ternura de estranhos
Que nunca souberam a essência íntima das coisas fúteis
.
A noite se faz extraposta e nítida
Qual a límpida vagueza que ronda
Fragmentos soltos da existência universal
A noite existe na penumbra ardente do Sol da minha vida
.
Obnubila-se na chuva pálida que cai
Uma névoa pálida que não existe
Embora cubra o ambiente da consciência
Que igualmente não existe
.
A vida que chora lá fora é o consolo inútil
Sobre a nua face que se me dissolve
O mundo é para quem sente amá-lo
E sinto que sou - em demasia e verdade
.
Só é livre aquele que faz o que não quer
E ando só na estrada visível
De ser prisioneiro da vida